sábado, 5 de dezembro de 2009
O grande Chico místico.
Metafórico, crítico e insubstituível. Essas tres palavras definem, na minha humilde análise, o nosso precioso Chico Buarque. Nessa música, integrante do musical O grande circo místico, o músico coloca a vida como um circo: frágil e encantadora. Deliciem-se com esta canção, uma das mais belas que já ouvi.
O circo místico.
Não
Não sei se é um truque banal
Se um invisível cordão
Sustenta a vida real
Cordas de uma orquestra
Sombras de um artista
Palcos de um planeta
E as dançarinas no grande final
Chove tanta flor
Que, sem refletir
Um ardoroso expectador
Vira colibri
Qual
Não sei se é nova ilusão
Se após o salto mortal
Existe outra encarnação
Membro de um elenco
Malas de um destino
Partes de uma orquestra
Duas meninas no imenso vagão
Negro refletor
Flores de organdi
E o grito do homem voador
Ao cair em si
Não sei se é vida real
Um invisível cordão
Após o salto mortal
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